Grêmio 1x1 Ypiranga - Gauchão 2009 - 05.03.09


O Grêmio empatou esta noite no Olimpico com o Ypiranga de Erechim em 1x1. Mas o resultado, e o jogo, ficaram em segundo plano. A ordem do dia, ou da noite, era pedir a cabeça de Celso Roth, e a torcida o fez com maestria.

Lógo na chegada do time ao estádio, Roth pode sentir o que o aguardava para o jogo. Um coro de vaias e protesto tomou conta do estacionamento do Olímpico. Incrivelmente ele, Celso Roth, ficou surpreso com aquela demonstração da torcida.

Quando o locutor começou a anunciar a equipe, todos ficaram atentos ao chamado do treinador, e quando isso se fez a vaia ecoou pelo estádio inteiro, como nos velhos tempos do Grêmio guerreiro!

O protesto prossegui. Nas arquibancadas, social, cadeiras, por todas as partes a xiadeira tomava conta. Um incidente nas cadeiras mostrou o que a direção pensa a respeito do protesto de sua torcida, o bem mais precioso do clube: seguranças do clube retiraram a força uma faixa que pedia a demissão de Celso Roth. Não contente com a ação o próprio presidente tratou de desmentir que havia ordenado tal ordem, mas convenhamos, seguranças seguem ordens da direção.

Então aos 47 minutos do primeiro tempo o Grêmio abriu o placar, e não poderia ter sido alguém mais especial que ele, o centro dos protestos de domingo no Grenal: Jonas.

Jonas pegou a bola fora da area e acertou um belo chute no canto do goleiro do Ypiranga. Durante a comemoração do gol algo extraordinario aconteceu no Olímpico. Um imenso coro de "burro, burro, burro" inundou o ar. E não poderia haver cena mais enigmatica que essa, o gol sair dos pés do atacante goleador que Celso Roth deixou no banco de reservas no Grenal.

No segundo tempo o Ypiranga veio melhor e empatou. As vaias e as cobranças da torcida se intensificaram, sobrando até mesmo para os atletas. A certa altura os diretores do Grêmio desceram para os vestiarios, inclusive o presidente Duda Kroeff, o que especulou-se tratar da tão desejada demissão de Celso Roth.

Mas nada aconteceu. O discurso posterior ao empate foi exatamente o mesmo empregado durante todo o ano. O mesmo discurso derrotista, conformista. O mesmo discurso arrogante e que trata a torcida como tola, ignorante e passionais. A mesma torcida que mantem o clube, que é a verdadeira dona do clube.

Vamos aguardar o que acontecerá. Independente dessa briga toda com Celso Roth, o Grêmio agora pensa no Santa Cruz, no domingo, com time reserva, e quarta-feira, dia 10, enfim o Boyacá Chicó na Colombia. Sorte para o clube, pois irá precisar.
























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