Não sou colorado, mas tenho que falar a respeito - Questão Nilmar/Alex


Me disseram certa vez que o munda da voltas, e eu como era uma criança, fiquei imaginando o que significava isso, pois bem, neste momento é exatamente o que está acontecendo.

Tenho acompanhado o caso Nilmar/Alex, que não pára de bombar na imprensa, principalmente a gaúcha. E me vem a cabeça um trailler de um filme antigo que passou pelo Olímpico, e esse filme se chamava: Não vendemos nossos craques! Dou este crédito ao Guerreiro.


Naquela oportunidade o Grêmio estáva "grande". Dominava o futebol brasileiro quase há uma decada. Tinha ganho gauchões, copa do Brasil, brasileirão, libertadores, recopa sulamericana e até um e outro torneio por aí. E o elenco do Grêmio cheio de estrelas. E naquela altura apareceu alguém, oferecendo uma fortuna por um jovem jogador revelação: Ronaldinho Gaúcho. Bem, a presidencia do Grêmio, do alto de sua arrogância, disse não e mandou colocar tal outdoor na entrada do Olímpico.


Naquele momento a torcida se inflou, agradeceu a diretoria e continuou com o Rei na barriga. Eu era um deles, não nego. Porém a vida, a vida é uma caixinha de surpresas, não é Richard Climber?

E não é que de uma hora para outra o clube se viu falido, sem recursos, com inumeros jogadores saindo e colocando o clube na justiça para receber, e pior, perdemos até nossa mais preciosas estrela, o tal Ronaldinho? E pior ainda, por arrogância de um certo treinador, que queria por que queria sua própria comissão técnica conseguiu que nossa direção demitisse o unico que não poderia ser demitido, Paulo Paixão?

É, aconteceu tudo isso. E aquele time esquecido, lá da Beira-Lago estáva se arrumando, humildemente. Mesmo sem ganhar nada, mas se acertando. E então deram o golpe de mestre, levaram para lá nossa estrela maior da preparação fisica, o tal Paulo Paixão.

Não preciso relembrar o que aconteceu em 2003, e posteriormente em 2004. Mas graças ao trabalho arduo da atual diretoria, mesmo cometendo alguns deslizes, apoiada pela torcida que renasceu durante este tempo sombrio de nossa história, o Grêmio deu a volta por cima, mesmo sem suas estrelas maiores.

Montamos um time mediano, mas competitivo. Mantemos o discurso humilde, sem alarde. Não trouxemos jogadores estrelas a custos elevadíssimos. Os que trouxemos gastamos pouco. E assim, mesmo com o advento de Celso Roth, um técnico que 9 entre 10 gremistas tinha pavor, o
Grêmio se preocupou em trabalhar, arduamente, com muito esforço e sabedor de suas limitações.

E na calada da "noite", este Grêmio trabalhador, humilde e esforçado, roubou a liderança do campeonato mais difícil do mundo da bola, o brasileirão. E o discurso continua.

Já nosso rival está as voltas com o mesmo problema que vivemos anos atrás. Bater o pé, pagar para ficar com Nilmar e Alex é algo que contradiz o bom senso. Ambos expressaram seus desejos de irem embora, e não os recrimino, já que ganhariam uma enorme bolada para isso. Mas aquela arrogância que impestiou nosso clube, parece que mudou de endereço.

Oxalá fique por lá. E quem sabe desta maneira, nosso rival e sua nação de torcedores, possam voltar ao debate esportivo a nivel aceitável. Arrogância cobra seu preço, e acho que o preço no caso do Internacional será altíssimo.
Alguém duvida?

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